Osenador Wellington Fagundes (PL) deve se licenciar do cargo, nessa quarta-feira (12), para realizar um procedimento cirúrgico para tratar de um problema na cervical. Wellington ficará afastado por 121 dias e a cadeira no Senado será ocupada pela segunda-suplente, a ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL).
Wellington confirmou que o primeiro-suplente, o ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho (PRD), decidiu não ocupar a vaga novamente para dar espaço a Rosana.
A posse de Rosana é uma espécie de "prêmio de consolação" pela lealdade ao PL após ser preterida para disputar a Prefeitura de Sinop neste ano. Ocorre que o partido, por articulação da direção nacional, filiou o prefeito Roberto Dorner, pré-candidato à reeleição.
Com a posse da ex-prefeita, a bancada mato-grossense no Senado passará a ter duas mulheres, Rosana e Margareth Buzzeti (PSD), além do senador Jayme Campos (União Brasil).
Em julho do ano passado, Wellington se licenciou do cargo para tratar de uma lesão no ombro. Na ocasião, Mauro Carvalho assumiu o Senado, onde permaneceu por quatro meses, sendo substituido na Casa Civil pelo deputado federal Fabio Garcia assumiu a Casa Civil, que está no cargo até hoje.
Com a licença, Wellington, que é uma das principais lideranças do PL em Mato Grosso, ficará de fora das articulações para as eleições deste ano, já que ele deve retornar ao cargo no dia 11 de outubro, cinco dias após o primeiro turno, previsto para o dia 06.
Nos bastidores, comenta-se que a licença é estratégica para evitar desgastes com o PL. Isso porque lideranças partidária identificadas com a extrema-direita e ao bolsonarismo querem Wellington fora da campanha em Rondonópolis, seu domicílio eleitoral, além de municípios do Nortão.
A resistência a Wellington vem do passado de alianças com a esquerda. Em 2014, coordenou a campanha pela reeleição de Dilma Roussef (PT) e se elegeu senador no palanque petista. Por isso, os mais radicais do PL o taxam de "melancia", verde por fora e vermelho por dentro.