Gisela apoia PEC do fim da escala 6x1 e defende amplo debate por consenso
Fonte: Da Redação 25/11/2024 ás 11:05:46 627 visualizações

A deputada federal Gisela Simona (União Brasil), que se mostrou  favorável a PEC Vida Além do Trabalho, pelo  fim da escala de trabalho 6x1, defende a necessidade de um debate amplo com o Governo Federal, parlamentares, setor empresarial, indústrias e trabalhadores para encontrar um "meio termo". A PEC é de autoria de deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).

Conforme o texto original da proposta, a iniciativa prevê o fim da escala 6x1 passando para a jornada de 4x3. Para Gisela Simona, os deputados federais estão  dispostos a dialogar  sobre uma proposta de 5x2. Ela classificou o atual modelo como "exaustivo" para os brasileiros. No entanto, salienta que uma mudança precisa estar bem amarrada entre todos os setores e evitar prejuízos à economia do país.

"Hoje,  as discussões entre os deputados, a gente vê uma aplicação de jornada de 5x2 seria algo mais aceita. Na 4x3 nós dependeríamos até de redução de carga tributária, alguma coisa por parte do governo. Enfim, acredito que a discussão será importante, até porque, precisamos ter com que o Brasil encontre o melhor. Sabemos que é exaustivo a 6x1, por outro lado, existe todo um receio por parte do comércio, dependendo da medida que se tome, pode onerar muito a classe empresarial e ter desemprego no nosso país, isso nós não queremos", argumentou Gisela Simona   em visita e entrevista ao Grupo  e Rdtv Cast.

O tema tem sido alvo de críticas de parlamentares de direita, que classificam a proposta como descabida e com o claro intuito de "lacrar" e ganhar visibilidade nacional. Segundo Gisela Simona, a PEC certamente passará por ajustes para evitar qualquer tipo de desbalanceamento. Com isso,  as discussões poderão se arrastar.

"Tem condições [de se fazer um ajuste para a PEC passar]. O que é importante o cidadão entender, que essa assinatura não é uma votação, agora que inicia a tramitação dessa PEC dentro da Câmara. Ela vai para a CCJ, onde vai se analisar a constitucionalidade e juridicidade, e pode sim, ir à comissão temática designada, onde teremos discussões, audiências pública, ouvir trabalhadores, indústria e comércio, e chegar a uma melhor conclusão", emendou a parlamentar de Mato Grosso.

Um dos temores que permeiam a proposta, é como reduzir a carga horária de trabalho sem afetar o valor da atual remuneração do trabalhador. Lideranças políticas, empresários e entidades, afirmam que pode ocorrer uma crise nacional, quebrando empresas e gerando demissões em massa. 

"É debate que precisa ser feito, como que o Governo Federal pode entrar em termo de contrapartida, é preciso verificar como que conciliamos isso, para não incentivar o empregador a investir mais em automação, a investir na inteligência artificial, são medidas que precisamos [pensar]", concluiu.

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