O secretário estadual de Saúde Gilberto Figueiredo, que é suplente de deputado estadual pelo União Brasil e se articula para disputar as eleições de 2026, considera “besteira” A reclamação de parlamentares sobre a atuação de secretários de Estado que deixam de ser 100% técnicos e passar a fazer política pensando em construir candidaturas.
“Eu acho que é uma besteira”, disse. Questionado se a relação seria temor por conta do bom desempenho de algumas pastas, respondeu: “Eu não sei. Eu nem vejo esse movimento por parte dos deputados”.
Além disso, lembra que muitos deputados estaduais já exerceram cargos no Executivo. Como exemplo, cita ex-prefeitos e até ex-governador com cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
“Será que todos os deputados que estão aqui sempre foram parlamentares? Nenhum deles exerceu função no Executivo? Será que não tem nenhum que já foi governador, que já foi prefeito, que virou deputado? Quer dizer, o inverso pode. Quem está no Executivo não pode virar Legislativo. Mas quem passa pelo Legislativo pode virar Executivo”, completou.
Gilberto Figueiredo ainda pontua que a disputa é desigual. Segundo ele, enquanto os secretários precisam deixar os cargos 6 meses antes das eleições e ficam sem salários, os deputados podem disputar a reeleição usando a estrutura do mandato.
“Essa questão de disputa injusta, quem está dentro da Assembleia Legislativa tem toda uma estrutura à sua disposição. Inclusive, salarial. Um servidor público, quando pretende ser candidato, tem que deixar o cargo. Fica no mínimo seis meses sem ter remuneração de secretário para poder ser candidato”, disse.
Sobre concorrer em 2026, Gilberto Figueiredo pontua que tem até março para tomar a decisão. Também destaca que, mesmo ficando na suplência, seus votos ajudaram o União Brasil a fazer bancada de quatro deputados estaduais.
“É muito cedo para criar agora uma expectativa, para me decidir se vou estar nesse partido, se não vou estar, se vou ser candidato ou não. Então, meu compromisso com a população de Mato Grosso para entregar aquilo que eu prometi. E quem dera eu tivesse mais prazo para fazer isso. Mas eu sei que chegando em março eu tenho uma decisão para tomar”, concluiu Gilberto Figueiredo.
Além de Gilberto Figueiredo, a lista de secretários que devem disputar as eleições inclui Allan Kardec (Ciência, Tecnologia e Inovação). Outro nome cogitado é Alan Porto (Educação). Pelas regras eleitorais, eles devem deixar os cargos em abril do ano que vem para poder lançar candidaturas.