O presidente do PSD em Mato Grosso e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, condicionou o uso do fundo partidário para custear a campanha do deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Lúcio Cabral (PT), a um espaço na composição da chapa. Fávaro demonstrou disposição em pleitear os recursos com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, caso o PT conceda o lugar. A médica Natasha Slhessarenko é uma das cartas na manga do ministro para apresentar a vice à Federação Brasil Esperança (PT, PV e PCdoB).
"É óbvio que se o PSD fazer parte da composição, tem a obrigação de comparecer com um pouco de recurso e vou trabalhar para isso. Nunca fui deixado pela Direção Nacional, sempre fomos muito bem tratados na distribuição do fundo partidário. Se o PSD participar da chapa, tem que contribuir para que possamos fazer uma campanha justa, equilibrada, dentro dos limites legais com o dinheiro do fundo partidário", falou Carlos Fávaro.
O financiamento de campanhas assombra Lúdio. Essa é a segunda vez que ele concorre ao Alencastro. Em sua primeira candidatura, foi abandonado pelo Partido dos Trabalhadores na hora de quitar as contas, herdando dívidas que repercutiram mal na praça.
Fávaro ponderou. O presidente do PSD acredita que o fundo eleitoral é um assunto tratado de forma "pejorativa" pois as cifras bilionárias acabam se tornando pequenas porções ao serem divididas.
"É um assunto pouco explicado para a sociedade e tratado de forma muito pejorativa quando se diz que são bilhões de reais para as campanhas", disparou o ministro. "A distribuição, mesmo no PSD que é um dos grandes partidos (...) parece que é monstruoso, mas não é suficiente para todas as campanhas", completou Fávaro.