Cerca de 46% dos trabalhadores estrangeiros em MT trabalham na indústria
Fonte: Da Redação 18/12/2023 ás 23:27:11 1136 visualizações

As empresas em Mato Grosso contrataram mais de 2,2 mil estrangeiros de janeiro a outubro de 2023, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). A imigração garante os direitos trabalhistas previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), desde que estejam cadastrados no Registro Nacional Migratório (RNM).

Cerca de 46% dos trabalhadores estrangeiros em Mato Grosso estão na área da indústria. Os dados são do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), divulgados na quinta-feira (14), e apontam que maioria dos trabalhadores imigram da Venezuela para trabalhar em indústrias de alimentos.

A gestora de pessoas, Adriana Godoy, diz que os estrangeiros procuram o trabalho operacional pela facilidade de aprendizagem e alta chance de progresso na área.

"Eles vêm com uma determinação de sucesso no Brasil. O propósito de trabalhar, estudar e progredir e a empresa oferece as ferramentas e eles atingem o foco, que é ter sucesso no Brasil", disse.

Outro fator que colabora para o emprego dos estrangeiros nas indústrias é que Mato Grosso é o estado com a segunda menor taxa de desemprego do país, o que corresponde a 2,4% da população economicamente ativa. Nessa realidade, trabalhadores que poderiam ocupar as vagas em aberto nas empresas se tornam escassos e estrangeiros são uma alternativa de mão de obra indispensável.

Ainda de acordo com os dados da Fiemt, dentro da indústria, as atividades econômicas que concentram o maior número de contratações de estrangeiros são a de fabricação de produtos alimentícios, especialmente a de abate e fabricação de produtos de carne, que concentra mais de 80% do total registrado na indústria, com mais de 800 contratações líquidas acumuladas no período

A gerente de projetos Fernanda Maluf ressalta que grande parte da mão de obra brasileira não vê atrativos no tipo de trabalho operacionais.

"São trabalhos muito técnicos que, às vezes, não atraem muito a mão de obra de quem vem trabalhar aqui no estado. Eles têm outros atrativos, como o agronegócio e a tecnologia", diz.

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