Elizabeth Butler vai de um supermercado a outro na sua cidade natal de Martinsburg, no Estado americano da Virgínia Ocidental, à procura do melhor preço de cada item da sua lista de compras.
Butler faz parte dos 42 milhões de norte-americanos que pagam pelos produtos com subsídios federais para a compra de alimentos. Mas o dinheiro não cobre todos os mantimentos necessários para manter sua família de três pessoas.
"Nossa comida não chega a durar um mês", ela conta.
Mas mesmo esse recurso pode acabar em breve. O Programa Suplementar de Assistência à Nutrição (SNAP, na sigla em inglês), no qual Butler está inscrita, é um dos programas sociais que entraram na mira do megapacote de corte de impostos do governo do presidente Donald Trump, apelidada de "big, beautiful bill" (grande e belo projeto de lei, em tradução literal).
O texto prevê critérios de acesso mais rígidos ao programa, mudança que excluiria três milhões de seus atuais beneficiários, segundo estimativa do Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA.
O Senado votou e aprovou sua versão do projeto de lei nesta terça-feira (1/7). Ele retornou à Câmara e, caso passe na Casa, será encaminhada para sanção presidencial.
Trump vem pressionando o Legislativo para que aprove o pacote até sexta-feira – 4 de julho, o dia da independência americana.